segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Tundra e Taiga

TUNDRA:

No limite polar existem biomas diferenciados. O gelo polar em ambos os polos nas terras mais altas unidas ao o verão é longo, garante o derretimento das geleiras. Gerando o crescimento de alguma vegetação denominada como bioma Tundra. 


Local de ocorrência da Tundra

O bioma tundra se desenvolve ao sul do gelo polar, onde a superfície se derrete por uma curta temporada. A tundra ártica é um enorme bioma que ocupa aproximadamente um quinto da superficie terrestre. Situa-se ao sul da região dos gelos permanentes entre os 60º e os 75º de latitude Norte, localizando-se em regiões como o Norte do Alasca e do Canadá,Groenlândia, Noruega, Suécia, Finlândia e Sibéria. Recebe pouca luz e pouca chuva, apresentando um clima polar, frio e seco. 

(fig01) 

Este ecossistema se caracteriza por um tapete de musgo e liquens espalhados junto a ervas de floração e arbustos baixos. Durante o verão, ao redor de 10 a 15 cm da terra se descongela. O solo, abaixo dessa profundidade permanece gelado e se denomina permafrost (figura01).



O processo alternado de congelamento e fusão na superfície do solo, produz um pequeno ciclo, durante o qual o nível do solo se eleva e abaixa novamente. Este movimento ajuda o ciclo de nutrientes.
Durante o curto verão, o sol permanece no céu por aproximadamente 24 horas cada dia. Isto significa que as plantas podem continuar com a fotossíntese a maior parte do tempo. Grandes quantidades de produtos da fotossíntese são produzidos e armazenados nesta estação. A matéria orgânica acumulada é capaz de sustentar os consumidores. 

Exemplo:
O leming, um pequeno roedor, está capacitado para prosperar neste ambiente hostil, escondendo-se abaixo da neve e comendo matéria vegetal armazenada. O leming sustenta consumidores de ordem mais elevada na cadeia alimentar, como corujas da neve, raposas e lobos.
Logo de que a neve cobre as plantas, o caribú emigra para o sul seguido pelos lobos. As corujas da neve e muitos outros pássaros também emigram. Em anos de escassez os carnívoros emigram ao sul.
A medida que a vegetação aumenta, o número de lemings aumenta e o número de seus consumidores também aumenta. Então, a medida que sua fonte de alimento se reduz a população de lemings decresce rapidamente. Como os carnívoros tornam-se abundantes, os lemings são comidos também rapidamente. Com menos lemings, o alimento disponível para cada um deles é maior, e a população começa a incrementar-se novamente. Este ciclo em particular, toma sete a dez anos.


TAIGA:

Também conhecida como floresta boreal ou floresta de coníferas, é o tipo de vegetação predominante das regiões localizadas em elevadas latitudes, cujo clima típico é o continental frio e polar, com baixas temperaturas, verão curto, inverno longo e intensas precipitações em forma de neve. Esse bioma, localizado entre as florestas tropicais (ao sul) e a tundra (ao norte), pode ser encontrado nas porções norte da América do Norte, da Europa e da Ásia.
A vegetação da taiga, influenciada diretamente pelo clima, é relativamente homogênea, sendo composta por árvores de grande porte com troncos retos e copas em forma de cones. As principais espécies são o pinheiro, cipreste e o abeto. As árvores possuem folhas aciculifoliadas, ou seja, em forma de agulha – essa característica é uma forma para não acumular neve.
Já a fauna, pouco diversificada, é formada por animais como lebres, linces, alces, esquilos, renas, raposas, aves e diversos insetos. Algumas dessas espécies, em especial as aves, migram para outras regiões durante o inverno, em busca de lugares com temperaturas mais elevadas.
Países como Noruega, Suécia, Finlândia, Rússia e Canadá, além do Alasca, abrigam grandes extensões de taiga. A Sibéria, na Rússia, possui a maior área de vegetação de taiga; outros destaques são a taiga canadense e a taiga escandinava. Contudo, a exploração das árvores para a realização de atividades econômicas (celulose, produção de papel, construção civil, etc.) tem reduzido o bioma de forma drástica.
No Canadá, por exemplo, a utilização das árvores da taiga como matéria-prima para fabricação de papel é uma atividade econômica de fundamental importância para o país, respondendo por 10% das exportações nacionais. Estimativas apontam que o Canadá é responsável pela produção de aproximadamente 50% de todo o papel-jornal comercializado no mundo.


Fonte:
scielo.com.br
infoescola.com.br
dicionarioonline.com.br
google imagens


 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

LIMNOLOGIA


1- Comente a respeito do item 5.3.4 ( pág. 70 em diante , considerando a formação das lagoas em nossa região)
            O nome lagoa é dado a toda massa de água que se acumula de forma natural numa depressão topográfica, totalmente cercada por terra. Embora sejam mais abundantes nas regiões mais altas ou em regiões montanhosas, onde a ação da glaciação pleistocênica escavou profundas depressões, os lagos se distribuem por diversas regiões geográficas do Brasil e do mundo.
            As alterações físicas e químicas que as rochas sofrem na superfície da Terra faz com que o material desta superfície seja deslocado. Este fenômeno é de grande importância para a formação e constante mudança no relevo terrestre, junto com a erosão e intemperismo.
            O que ocorre na maioria das cadeias de montanhas,são as modificações de locais que eram longos rios de gelo que se originam das partes superiores das montanhas e flui para baixo em vales preexistentes. A gravidade e o gelo são competentes para transportar todos os tipos de produtos de intemperismo.
            Entre os principais serras que tem e sua maioria origem de intemperismo temos na região de Sete Lagoas destacam-se a Serra de Santa Helena, Serra do Embiruçu

2- Qual o significado das expressões limnologia, ictiologia, plâncton, nécton, bênton, “à montante” “ à justante”?
            A limnologia é uma parte de hidrologia (ciência que estuda a água) que se ocupa em estudar os corpos de águas continentais ou interiores, isto é, a água encontrada fora do litoral, mais   para o interior, como os rios, os lagos que são de água doce, pois não estão em contato com a água do mar, enquanto que as lagoas, por estarem sempre em contato com o mar, são salgadas, os lençóis subterrâneos (aqüíferos ou lençóis freáticos), águas de serrinha.
            A Ictiologia é o ramo da zoologia, ou ciência dos animais, que estuda os peixes. A ictiologia compreende o estudo do desenvolvimento, da estrutura e dos hábitos dos peixes, a classificação dos diferentes tipos de peixes e o estudo de sua distribuição geográfica e de suas relações
            A palavra plâncton é originária do Grego (plagktón), que significa “errante ao sabor das ondas”. O plâncton é constituído pelos animais e vegetais que não possuem movimentos próprios suficientemente fortes para vencer as correntes que, porventura, se façam sentir na massa de água onde vivem.
            O conceito de nécton é exatamente o oposto do de plâncton. Quer dizer, fazem parte do nécton apenas os animais que possuem a capacidade de nadar livremente, ou seja, se locomover por atividade própria, inclusive contra a força das correntes e dos demais movimentos das massas d’água.
            Os animais que constituem o nécton, podem pelo contrário deslocar-se ativamente e vencer a força das correntes. O plâncton e o nécton são englobados na designação de organismos pelágicos.  Por oposição, os organismos bentônicos são aqueles cuja vida está diretamente relacionada com o fundo, quer vivam fixos, quer sejam livres. Podemos deste modo considerar no meio marinho os domínios pelágico e bentônico. Não existe, contudo uma delimitação nítida entre organismos pelágicos e bentônicos. Os organismos geralmente de pequenas dimensões com algumas capacidades natatórias são usualmente englobados no micronécton.
            Os bênton são os organismos que vivem no substrato, fixos ou não, em contraposição com os pelágios, que vivem livremente na coluna de água. Os bêntons ou organismos bentônicos são aqueles animais que vivem associados ao sedimento, quer marinho , quer das águas interiores , como por exemplo os corais 
            Jusante e montante são lugares referências de um rio pela visão de um observador. A jusante  é o lado para onde se dirige a corrente de água e montante é a parte onde nasce o rio. Por, isso se diz que a foz de um rio é o ponto mais a jusante deste rio, e a nascente é o seu ponto mais a montante.
            O termo jusante vem do latim jusum que significa para o lado da foz, ou seja, toda água que desce para a foz do rio é a jusante e a montante e a parte acima, de onde vêm as águas. Este ponto referencial pode ser uma cidade às margens do rio, uma barragem, uma cachoeira, um afluente, uma ponte e etc.

3- Considere os efeitos negativos dos grandes lagoas artificiais ( pág. 91 e 92)
 A- Escolha três dos efeitos citados e comente a respeito deles
B- Procure identificar algum efeito não citado e comente a respeito dele
           
No Brasil as represas e açudes são formados principalmente pelo represamento de rios para atender os seguintes objetivos: abastecimento de águas, regularização de cursos, obtenção de energia elétrica, irrigação, navegação, recreação, entre outros.
            Os lagos artificiais brasileiros, formados por represamento de rios, recebe diferentes denominações, tais como: represas, reservatórios, açudes, etc., que nada mais são que sinônimos, uma vez que ecossistemas têm a mesma origem e finalidade.
A construção de represas constitui provavelmente, um dos mais expressivos exemplos de pressão e capacidade de interferência que o homem exerce sobre a natureza.
São inúmeros os efeitos negativos dos grandes lagos artificiais na região à montante e sobre o próprio ambiente aquático formado. Entre estes, destacam-se:

Profundas modificações na fauna ictiológica;
            As lagoas artificiais têm vários efeitos sobre a vida dos peixes. O primeiro e mais direto é a interferência na sua migração e procriação. As lagoas artificiais alteram o fluxo dos rios e criam enormes obstáculos (barreiras físicas) para o ciclo migratório (piracema) e até mesmo para a sobrevivência das espécies.
            O segundo está relacionado com a temperatura da água, que pode fazer com algumas espécies simplesmente desapareçam por causa da sua  não adaptação às novas  temperaturas. Há ainda a questão da concentração de poluentes nos reservatórios que faz com que possa aumentar a variedade e quantidade de doenças nos peixes.
            Além disso, existe ainda a questão da introdução nos lagos de espécies exóticas, que acabam competindo com as nativas e até mesmo fazendo com que as nativas desapareçam por completo do reservatório e conseqüentemente do próprio rio.  A escada para peixes tem sido usada como uma medida mitigadora, mas sua eficácia é questionada pelos especialistas, porque mesmo quando ajuda a manter a vida aquática, raramente consegue evitar que as espécies nativas não desapareçam.

Desaparecimento de recursos naturais como: florestas, rios, lagos, cavernas, quedas de água, entre outros.
A cobertura florestal é importante para o ecossistema da floresta, porque abriga e protege a populações vegetais, os animais, e os insetos, também protege o solo da floresta, o que desacelera a erosão do solo. A cobertura vegetal aumenta a infiltração da água no solo, principalmente quando se tem chuva fina e prolongada, apresentam também qualidades de contenção e proteção A formação das lagoas artificiais implica, antes do alagamento, no desmatamento dessas áreas. Áreas onde normalmente se encontram terras muito férteis e verdadeiros refúgios da fauna silvestre, exatamente por se tratarem, em sua grande maioria de matas ciliares (aquelas que se encontram nas margens dos rios). Muitas vezes são as únicas florestas que sobraram por conta da dificuldade de acesso para usos agrícolas ou exploração madeireira.

Deslocamento de populações estabelecidas em terras inundadas, que passam a viver ao redor das represas, exercendo pressão sobre os recursos naturais e modificando o uso das áreas marginais. 
           Ninguém sabe dizer, com precisão, quantas pessoas foram deslocadas até hoje por barragens. Fala-se que forma entre 40 e 80 milhões. Mas os deslocados não são os únicos a serem atingidos. Este é um grave problema das estatísticas de atingidos por barragens.
            A maioria dos levantamentos realizados pelos governos e/ou empresas consideram como atingidos pelos projetos, apenas aquelas pessoas que são deslocadas por causa do enchimento do reservatório. Assim, muitas pessoas, famílias e comunidades são deixados de lado. Em cada rio, em cada bacia, em cada região as culturas, os valores, as atividades econômicas e os modos de vida, assim como as experiências de luta e organização são diferentes.
             Por isso, os efeitos sociais das lagoas artificiais podem variar muito de um lugar para outro

DEMAIS EFEITOS

            Ao se interromper o fluxo normal do curso do rio, acontecem diversas mudanças na temperatura e na composição química da água e por isso existem conseqüências diretas sobre a qualidade da água. A água do fundo de um reservatório de um grande lago artificial normalmente é mais fria no verão e mais quente no inverno do que a água do rio.
            Já a água da superfície destes lagos é mais quente do que a do rio praticamente em todas as estações. Essas mudanças de temperatura mudam os ciclos de vida da vida aquática, tais como procriação, metamorfose, etc.
            Outro aspecto importante é a decomposição da vegetação e do solo que foi submerso pelas águas. Durante os primeiros anos essa decomposição pode reduzir a quantidade de oxigênio na água. O apodrecimento de matéria orgânica também pode produzir gases tóxicos e liberação de carbono para a atmosfera. Nas regiões tropicais, como o Brasil, a decomposição da matéria orgânica pode demorar até algumas décadas.
            Uma forma de minimizar este efeito é fazer a limpeza completa da área do reservatório antes do enchimento, mas devido aos custos e à pressa, normalmente apenas parte dos reservatórios é devidamente desmatada e limpa.

OUTROS EFEITOS

Alterações nas condições reprodutivas de espécies aquáticas, devido, por exemplo, à destruição das lagoas marginais e alterações na qualidade química e física da água;
Modificações substanciais nos habitats em torno da represa afetando a fauna e flora silvestres;

Grandes riscos de desaparecimento de espécies vegetais e animais raros ou a extinção da área;
Aumento das possibilidades de ocorrência de processos de eutrofização, principalmente nas áreas florestadas ou agrícolas submersas

Inundações das áreas férteis para a agricultura e pecuária, além de estradas, sítios arqueológicos e obras arquitetônicas de valor histórico

Aumento da transpiração e/ou evapotranspiração, ocasionando alterações climáticas locais ou regionais;

Maior possibilidade de deslizamentos e tremores de terra em virtude de o peso das águas represadas e/ou da barragem;

Elevação do lençol freático, com efeitos prováveis na agricultura regional (aumento da umidade do solo) e na epidemiologia (criação de brejos com a proliferação de mosquitos e outros insetos transmissores de doenças);

Aumento da taxa de sedimentação à montante em seus afluentes;

Inundação de áreas florestais ou agrícolas, que podem causar alterações físicas e químicas no meio aquático (alterações do pH e surgimento do gás sulfídrico);

Inundações de possíveis reservas minerais desconhecidas.

4- Comente a respeito das três regiões (compartimentos) indicadas na figura 6.1.

               Região Litorânea- Parte do lago que está em contato com o ecossistema terrestre adjacente e que é influenciado diretamente por ele. Trata-se de uma região com muitos nichos ecológicos e cadeias alimentares, tanto de herbívora (biomassa vegetal viva) como de detrito (biomassa morta), sendo a última a principal responsável pelo fluxo de energia do compartimento. A principal característica da região é a colonização por macroalgas, pteridófitos, briófitos e plantas superiores (macrófitas aquáticas). Os detritos são originados da biomassa morta de macrófitas aquáticas e em alguns lagos são provenientes de folhas da vegetação circundante. A região litorânea apresenta todos os níveis tróficos de uma cadeia alimentar. Neste compartimento estão inúmeros invertebrados como espécies de oligoquetos, moluscos, crustáceos e insetos. Estes podem apresentar adaptações à vida aquática.
Deve se ressaltar que no ecossistema lacustre a região litorânea é pouco desenvolvida, ou até mesmo ausente. A região se subdivide em litoral e sublitoral.

            Região Limnética ou Pelágica- É encontrada em quase todos os ecossistemas aquáticos. Suas comunidades características são o plâncton e o nécton. A primeira é constituída por bactérias, algas (fitoplâncton) e invertebrados (zooplâncton) que se caracterizam pela capacidade de flutuar na água. Esta capacidade é a principal condição para existência do plâncton. Para flutuar ele precisaria de ter densidade igual a da água, no entanto, a densidade desses organismos é superior a da água. Essa flutuação, especialmente do fitoplâncton, é na verdade um afundamento vagaroso, exceto nos animas de movimentos próprios. A outra comunidade da região, o nécton, possui movimentos próprios e por isso pode ser encontrado na região profunda. É formada quase que exclusivamente por peixes.

            Região Profunda- Caracterizada pela ausência de organismos fotoautróficos, devido à ausência de luz e por ser uma região dependente da produção de matéria orgânica das demais regiões. Sua comunidade é a bentônica, formada principalmente por invertebrados aquáticos. A diversidade e densidade populacional desses organismos dependem da quantidade de alimento disponível e da concentração de oxigênio da água.


terça-feira, 12 de junho de 2012

ABIOGÊNESE X BIOGÊNESE



           A teoria da abiogênese  foi a primeira idéia proposta pela origem da vida e teve uma participação muito importante do filósofo grego Aristóteles. Naquela época, como Aristóteles influenciava o pensamento de muitas pessoas, e até de grandes cientistas, essa teoria foi muito aceita.

         Nessa teoria, os seres vivos podiam brotar a partir da matéria orgânica. Sapos poderiam brotar dos pântanos, vermes brotavam das frutas. Um médico chamado Jan Baptista van Helmont elaborou uma receita de como fabricar ratos por geração espontânea, que consistia em colocar grãos de trigo em camisas sujas e esperar alguns dias. Ele estava tão envolvido com essa idéia que não foi capaz de imaginar que os ratos na verdade eram atraídos pela sujeira, e não brotavam nessa “receita”.


     Francesco Redi (1626-1697), um médico Italiano, realizou alguns experimentos que comprovaram que a teoria da geração espontânea estava errada. Na teoria, vermes brotavam de cadáveres e alimentos podres. Ele observou que esses vermes não brotavam, mas sim se originavam de ovos que eram depositados pelas moscas.
 
      Em seu experimento utilizou frascos, cadáveres de animais e pedaços de carne. Cada frasco continha carne e cadáver. Alguns frascos foram vedados com gaze e outros não. Nos frascos vedados, não houve formação de larvas, mas nos frascos em que o conteúdo ficou exposto, muitas larvas se desenvolveram, pois as moscas entravam e saíam com liberdade.

Mesmo após isso, alguns cientistas insistiam na teoria da abiogênese. John Needan, em 1745 afirmou que os seres vivos surgiam por geração espontânea graças a uma força vital. Ele realizou um experimento onde preparou um caldo nutritivo, colocou em alguns frascos, ferveu por 30 minutos e os vedou com rolha de cortiça. Mesmo assim, depois de alguns dias apareceram alguns microorganismos no caldo. Needan acreditava que a fervura e a vedação da rolha eram suficientes para impedir a entrada de microorganismos.
      Mais tarde, Lazzaro Spallanzani repetiu os experimentos e concluiu que a vedação utilizada e o tempo de fervura eram insuficientes para matar os microorganismos. Needam se defendeu dizendo que o tempo prolongado de fervura destruía a força vital do caldo nutritivo.


       Louis Pasteur, na década de 1860, realizou experimento que derrubou de vez a teoria da abiogênese. Realizou experimentos utilizando frascos de vidro que possuíam o gargalho semelhante à pescoços de cisne. Dentro havia um caldo nutritivo. Esses frascos com caldo foram fervidos e deixados em repouso por alguns dias. Não houve formação de micro-organismos, pois a água que evaporou do caldo ficou retida nas paredes do gargalo e funcionou como um filtro de ar, e os microorganismos ficavam retidos nele, não entrando em contato com o caldo. Pasteur quebrou os gargalos e deixou o caldo em contato com o ar. Após alguns dias ele observou o desenvolvimento de microorganismos no caldo, que antes estavam no ar.



Fontes:
Biologia vegetal (sétima edição)
Ensinodematemtica.blogspot.com.br
Apostila de aulas teóricas de fisiologia vegetal UFSM –Eng. Florestal

REPRODUÇÃO ASSEXUADA


           A reprodução é uma característica de todos os seres vivos. Ela é fundamental para a manutenção da espécie, uma vez que, nas atuais condições da Terra, os seres vivos só surgem a partir de outros seres vivos iguais a eles por meio da reprodução. No nível molecular, a reprodução está relacionada com a capacidade exclusiva do DNA de se duplicar. Quem comanda e coordena todo o processo de divisão celular é o DNA dos cromossomos.
São vários os tipos de reprodução que os seres vivos apresentam, mas todos eles podem ser agrupados em duas grandes categorias: a reprodução assexuada e a sexuada.
      Os indivíduos que surgem por reprodução assexuada são geneticamente idênticos entre si, formando o que se chama clone. Esses indivíduos só terão patrimônio genético diferente se sofrem mutação gênica, ou seja, alteração nas seqüências de bases nitrogenadas de uma ou mais moléculas de DNA.Vários são os seres vivos que se reproduzem assexuadamente e vários são os tipos de reprodução assexuada.
      Nos eucariontes, unicelulares ou multicelulares, a reprodução assexuada está relacionada com a mitose. No caso dos unicelulares, o tipo de reprodução assexuada que lhes permite se dividir em dois é denominado bipartição.
      O processo de bipartição também ocorre nos procariontes, mas nesse caso, não há mitose como a verificada nos eucariontes.




        Nos organismos multicelulares, como as plantas, por exemplo, a reprodução assexuada pode ocorrer por propagação vegetativa. Nesse caso, partes da planta podem dar origem, por mitose, a outros indivíduos.
       Conhecendo essas peculiaridades das plantas, o ser humano aprendeu a fazer uso dela, em benefício próprio, confeccionando mudas, que cultivadas, dão origem a nova planta idêntica, a planta mãe, preservando, assim, as características comercialmente importantes.
      Nos animais, um dos tipos de reprodução assexuada mais freqüentemente observado é o brotamento ou gemiparidade: de um indivíduo inicial brota outro indivíduo, que pode se destacar do primeiro e passar a ter vida independente. É o que acontece, por exemplo, na hidra. Em outros casos, o brotamento pode dar origem a uma colônia de organismos, em que os brotos permanecem ligados ao indivíduo inicial e se desenvolvem ligados. É o que ocorre na maioria das esponjas. A hidra, um organismo aquático, é um exemplo de animal que apresenta esse tipo de reprodução.



Multiplicação vegetativa natural

A planta-mãe pode originar novas plantas a partir das várias partes que a constituem como as folhas, os caules aéreos (estolhos), ou os caules subterrâneos (rizomas, tubérculos e bolbos).

Folhas: certas plantas desenvolvem pequenas plântulas nas margens das folhas. Estas, ao cair no solo, desenvolvem-se e dão origem a uma planta adulta.

Estolhos: certas plantas, como o morangueiro, produzem plantas novas a partir de caules prostrados chamados estolhos. Cada estolho parte do caule principal e origina várias plantas novas, indo o caule principal morrer assim que as novas plântulas desenvolvem as suas próprias raízes e folhas.

Rizomas: os lírios, o bambu, e os fetos, possuem caules subterrâneos alongados e com substâncias de reserva, denominados rizomas. Estes, além de permitirem à planta sobreviver em condições desfavoráveis, podem alongar-se, originando gemas que se vão diferenciar em novas plantas.

Tubérculos: Os tubérculos são caules subterrâneos volumosos e ricos em substâncias de reserva, sendo a batata um dos mais conhecidos. Os tubérculos possuem gomos com capacidade germinativa e que originam novas plantas.

Multiplicação vegetativa artificial

Este tipo de reprodução assexuada tem sido largamente utilizado no sector agro-florestal para a multiplicação vegetativa de plantas. Os mais comuns são a estaca, a mergulhia e a enxertia.

Estaca: este tipo de multiplicação vegetativa consiste na introdução de ramos da planta-mãe no solo indo, a partir destes surgir raízes e gomos que vão originar uma nova planta. A videira e a roseira reproduzem-se deste modo.


                                                                                                                                 Mergulhia: este tipo de multiplicação vegetativa consiste em dobrar um ramo da planta-mãe até enterrá-lo no solo. A parte enterrada irá ganhar raízes e quando está enraizada pode separar-se da planta-mãe, obtendo-se, assim, uma planta independente.



Enxertia: consiste na junção das superfícies cortadas de duas partes de plantas diferentes. As plantas utilizadas são da mesma espécie, ou de espécies muito semelhantes. A parte que recebe o enxerto chama-se cavalo e a parte dadora chama-se garfo. Existem vários tipos de enxertia: a enxertia por garfo, a enxertia por encosto e a enxertia por borbulha.

Fontes:
Biologia Vegetal (sétima edição)
Apostila de aulas teóricas de fisiologia vegetal -UFMA
Engenharia florestal
Google Imagens